Mapa cicloviário da cidade é utilizado para definir novas estações Caju Bike. Foto por: Luiz Oliva
19.05.14 20:45
Mais de seis mil viagens realizadas. Esse é o número de compartilhamentos registrado pelo sistema do Caju Bike, o serviço de aluguel compartilhado de bicicletas de Aracaju até o final desta matéria. Inaugurado no mês de março na capital sergipana pela Prefeitura, através da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e patrocínio da empresa NET, o Caju Bike já funciona com 10 estações e inaugurará outras 10 até a primeira quinzena de junho.
E foi para definir os pontos para a instalação das próximas estações do serviço de aluguel compartilhado de bicicletas, que diretores da SMTT reuniram-se na manhã desta segunda-feira, 19, com representantes da ONG Associação Ciclo Urbano e da Universidade Tiradentes. Nessa etapa de ampliação do serviço também são avaliadas as indicações enviadas pelos engenheiros da empresa que desenvolveu o sistema, a Samba Transportes Sustentáveis.
Segundo o diretor de planejamento e sistemas da SMTT, Francisco Navarro, nas primeiras cinco estações distribuídas em Aracaju, na Orla de Atalaia, as bicicletas são mais utilizadas para o lazer e ainda estão sem ligação com as estações do Centro, que foram inauguradas há dez dias. Os locais foram escolhidos como forma de estímulo ao transporte alternativo e não somente como forma de lazer.
Sobre a colocação das novas estações, ele disse que precisam ser avaliadas a proximidade com as estações já existentes, o fluxo de ciclistas no local e a viabilidade de instalação. “Já temos estações no Centro, pensamos agora em integrar com as da Orla. A primeira opção são as praças, lugares onde há calçadas largas e em última instância são instaladas na rua. Uma equipe de engenharia da Serttel vem à cidade para verificar os locais mais adequados, com base nas informações que nós coletamos e fazem a instalação.”, explicou.
Mais bicicletas
O presidente da ONG Associação Ciclo Urbano, Luciano Aranha, acredita que as próximas estações devem ser colocadas em áreas mistas, onde existem residências e estabelecimentos comerciais, observando também o distanciamento entre elas. “Vemos a necessidade e a ânsia das pessoas em andar de bicicleta. Quando mais distante, menos pessoas utilizarão”.
Após um levantamento realizado pela ONG, a qual trabalha em parceria com a SMTT na implantação dessa nova etapa do Caju Bike, uma das áreas em que há maior trânsito de bicicletas é a avenida Augusto Franco, devido à ciclofaixa existente, e no bairro Siqueira Campos, onde o transporte de carga feito por bikes é bastante considerável.
Para o professor do curso de arquitetura e urbanismo na Unit, Marcos Sérgio Reis, “é importante para os estudantes conhecer o que está acontecendo para melhoria. O curso tem interesse em desenvolver esse tipo de trabalho”. O aluno do curso, Danilo Possera, contribuiu com ideias e disse que assim, “ajudamos a redistribuir algumas estações, fugindo do foco de apenas turistas para também trabalhadores”.
Caju Bike - Centro
Nos primeiros dez dias, o índice de utilização das bikes alocadas nas estações do Centro da cidade ultrapassa 50%, o que representa uma mudança no transporte do cidadão no dia-a-dia, levando em conta a área majoritariamente comercial. O projeto prevê uma distância de no máximo à 700 metros entre uma estação e outra para incentivar a prática do modal como alternativa às caminhadas ou transporte público em pequenos deslocamentos.
Desde a inauguração do projeto em Aracaju, no mês de março, já foram registradas mais de 6 mil viagens feitas com as bicicletas do Caju Bike. Com essa quantidade de trajetos, 215 toneladas de CO² deixaram de ser emitidas na atmosfera. Cada vez que um usuário retira a bicicleta da estação, ele está envolvido em uma solução de meio de transporte alternativo e sustentável, contribuindo para a preservação da natureza e da própria saúde.