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Trânsito

Atuação da PMA garantiu festa de sucesso




05.07.12 16:21

Conselho Tutelar garantiu a integridade de crianças e adolescentes (Foto: Silvio Rocha)

por Raquel Passos

Dedicação e empenho. Assim é possível resumir a atuação dos órgãos municipais competentes para proporcionar segurança aos forrozeiros que acompanharam a 19ª edição do Forró Caju. Desde o percurso para chegar à praça Hilton Lopes, o cidadão conta com a atuação da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) que orientou e organizou as vias para pedestres e condutores.


Ao chegar aos portões de acesso do maior evento junino do estado, o forrozeiro encontra a Guarda Municipal de Aracaju (GMA) realizando revista pessoal. O diretor geral da GMA, major Edênisson Paixão, afirma que de 220 a 250 profissionais estiveram escalados para promover ordem pública durante todos os 14 dias de Forró Caju.


"Através da revista, fizemos apreensão de cerca de 30 armas brancas (facas), uma delas estava escondida no solado do tênis de um cidadão", conta major Edênisson. Segundo ele, ainda através desta ação foi possível detectar drogas e impedir que circulassem na praça Hilton Lopes. Estas principais ocorrências não tiraram o brilho da festa. De acordo com Edênisson, são rotineiras.


Para evitar que haja qualquer desentendimento entre as partes, os guardas municipais ainda dão apoio ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Vigilância Sanitária e Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb).


"As pessoas vão para o Forró Caju para se divertir mesmo. Vimos muitas famílias participando da festa e colaborando com a determinação da 16ª Vara Cível do Juizado da Infância e da Juventude", menciona major Edênisson Paixão.


Valor à vida


O compromisso com a vida também é notório no serviço do SAMU durante as noites de festa. Somente para o Forró Caju, a equipe à disposição de plantão para a população foi formada por três médicos, três enfermeiros, dez auxiliares e técnicos de enfermagem e dois auxiliares administrativos. O posto médico ficou montado ao lado do palco principal da festa, o que facilitou a localização e acesso de quem necessitasse de atendimento.


A ideia é assistir o paciente sem que precise levá-lo a unidade hospitalar. Assim, o índice de resolutividade dos casos apresentados foi de 94% durante os 14 dias de evento. O coordenador clínico do SAMU, Saulo Sales, informa que o correspondente aos 6% é que necessitou de intervenção médica em hospital.


Segundo ele, o principal responsável pelas ocorrências dos pacientes clínicos registrados é o excesso de ingestão de bebida alcoólica. "Vem muita gente também com pressão elevada e a gente resolve a situação no posto médico mesmo", explica o médico. "Este é o primeiro Forró Caju que o SAMU, agora integrado, participa. E percebemos que trouxe um saldo super positivo, demos condições à população brincar com segurança por saber que estamos a postos na retaguarda", avalia Sales.


Cidadania


Para completar o engajamento do poder municipal em prol da segurança e saúde da população aracajuana, houve o acompanhamento e atuação do Conselho Tutelar. Como a determinação judicial que impediu a entrada de jovens menores de 14 anos no Forró Caju é recente, a conselheira do 5º distrito, Adriana Moraes, explica que esta foi a novidade do ano. "Ainda tinha muita gente desinformada e por isso que a gente teve um pouco mais de trabalho nesse aspecto".


O envolvimento de adolescentes em pequenas brigas e ingestão de bebida alcoólica são, em eventos deste porte que tem o Forró Caju, as principais demandas. A atuação do Conselho Tutelar é o de orientar e fiscalizar o cumprimento de determinações judiciais que envolvam a integridade e segurança para desenvolvimento de jovens. A equipe chega a levar jovens alcoolizados na porta de casa, interage com os pais e responsáveis, aplica medidas de proteção e até advertência.


A conselheira Adriana lembra que quando os pais se sentem prejudicados em algo ou têm dúvidas, "nós orientamos e esclarecemos o porquê da não permanência daquele adolescente na festa e também damos todo o apoio necessário".


O comerciante Aristeu Barboza levou seus filhos de 14 e 16 anos ao Forró Caju e precisou preencher a ficha de controle e dados do Conselho Tutelar. Ele conta que foi surpreendido pela determinação judicial da 16ª Vara Cível do Juizado da Infância e da Juventude, e aprova a iniciativa do poder público.


"É de muita responsabilidade! Este realmente não é ambiente para quase crianças frequentarem sozinhos. Os pais precisam estar presentes para orientar e evitar que haja envolvimentos que prejudiquem o futuro deles. Eu não traria os meus se não fôssemos ficar em camarotes. Para mim, eles ainda não estão preparados para encarar o Forró Caju sozinhos. Por isso que venho e aprovo o trabalho do Conselho Tutelar!", argumenta o comerciante Aristeu.


De acordo com a conselheira Greicielle Cardozo dos Santos, quando termina a noite, a equipe faz um levantamento dos registros para análise e encaminhamento aos órgãos competentes em formular políticas públicas. "Atuamos para combater qualquer tipo de violação do direito da criança e adolescente", finaliza.

 

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