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Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Aracaju é apresentado




21.11.12 14:55

 

Mesa de abertura da solenidade composta por representantes de diversas entidades (Fotos: Ascom/SMTT)

Na noite desta terça-feira, dia 20, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), através da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), reuniu entidades ligadas ao trânsito, instituições e sociedade civil organizada para apresentar o projeto de lei do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Aracaju (PDMU), que será apresentado à Câmara Municipal de Vereadores de Aracaju, ainda esta semana. O encontro aconteceu no auditório do Centro de Convenções de Sergipe (CIC).


O prefeito Edvaldo Nogueira abriu o evento dando destaque à importância do processo de elaboração do PDMU. “Pela primeira vez na história de nossa cidade, através de uma concorrência pública, promovemos um estudo sobre mobilidade urbana. Fizemos reuniões com diversos setores da sociedade e a partir destas reuniões e de 11 meses de estudos científicos desenvolvidos pelo Instituto Rua Viva [entidade contratada por meio de licitação pública, responsável pela elaboração do PDMU] somos a primeira capital do país a apresentar um plano diretor de mobilidade dentro do que prevê a lei sancionada em janeiro deste ano pela presidente Dilma”, aponta o prefeito.


Edvaldo falou ainda que a Câmara Municipal de Aracaju só irá apreciar o projeto de lei do PDMU no início do próximo ano, já que é uma pauta extensa e faltam poucos dias para o encerramento dos mandatos dos vereadores. O prefeito se disse muito orgulhoso em ter iniciado e desenvolvido o projeto do PDMU em sua gestão. “É uma alegria muito grande no final do meu mandato compartilhar este momento com a sociedade aracajuana. Podemos dizer que temos um Plano que olha a cidade como um todo, que pensa desde medidas pontuais a grandes obras. Este é o fruto do trabalho que fizemos ao longo de dois anos e que tem o ex-superintendente da SMTT, Antônio Samarone, como um dos idealizadores”, revela.


Desenvolvimento do projeto


Após a fala de Edvaldo Nogueira, o ex-superintendente da SMTT, Antônio Samarone, explanou para os presentes sobre os motivos que levaram a PMA a desenvolver o Plano de Mobilidade Urbana. “Pensar o modelo de cidade que queremos para os próximos anos. Este foi e é o desafio do PDMU, chamar a sociedade a refletir sobre qual transporte público queremos? O que os idosos e pessoas com deficiência querem, o que eles pensam sobre mobilidade? O que a juventude pensa? Tentamos reunir tudo isso em um documento que servirá de norte para as próximas gestões”, pontuou.


Para explicar as propostas do PDMU, o representante do Instituto Rua Viva, o engenheiro Ricardo Medanha mostrou ao público a ideia central que constituiu o Plano. “Não é mais possível resolvermos o problema de nossas cidades construindo vias para automóveis. Este modelo não cabe no espaço viário da cidade. Temos que quebrar o paradigma de que o automóvel é a solução. Esta é uma das linhas que nos levou a desenvolver um plano de mobilidade urbana que priorize o transporte público e a qualidade de vida dos cidadãos”, explicou.


Destaque


Ricardo Medanha deu destaque ao processo licitatório do transporte coletivo que está em andamento em Aracaju e que é um dos principais pontos do PDMU. “A licitação do transporte público é importante para o desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana em Aracaju, já que ele dará apoio a outras situações de conflito. A partir do momento em que o sistema de transporte tem condições de oferecer um serviço de qualidade nós podemos desenvolver um novo traçado na malha viária”, disse.


A licitação prevê que as empresas ganhadoras devem colocar em circulação, no mínimo, 120 ônibus zero quilômetro. O que tornará quase 100% da frota de ônibus de Aracaju renovada. A idade média dos ônibus em circulação na cidade será de apenas cinco anos e essa idade deverá ser mantida ao longo de todo o contrato. Metade da frota tem que ser de ônibus adaptados para pessoas com deficiência.


Uma grande novidade para o usuário do transporte coletivo é a implantação da integração temporal. Significa que o cidadão não precisará ir até o terminal para mudar de ônibus, ele poderá descer do ônibus em qualquer ponto da cidade e pegar outro. A integração temporal deve entrar em vigor após 180 dias do início da prestação do serviço.


O superintendente da SMTT, Antônio Fernando Nunes, enfatiza que o transporte é um bem público. “A situação do transporte coletivo hoje em Aracaju é um dos pontos que mais aflige a população, quando tratamos de mobilidade. Após a realização do processo licitatório de transporte público, para que possamos continuar avançado, deveremos criar situações em que os ônibus tenham uma livre circulação e para solucionar este ponto é que o PDMU prevê a criação de corredores exclusivos para ônibus, ampliação de vias, integração com outros modais e investimento tecnológico. Todas essas melhorias visam que o usuário do transporte individual possa migrar para um transporte coletivo de qualidade”, vislumbra.


Documento


A partir da próxima semana a população terá acesso ao documento oficial do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Aracaju através do Portal da Mobilidade www.smttaju.com.br. O documento também está disponível para a população em formato digital na sede da SMTT, localizada à rua Roberto Fonseca (Antiga rua G), nº 200, bairro Inácio Barbosa. Os interessados devem trazer uma mídia (CD ou DVD) para que o arquivo seja gravado.


Presenças


Participou do evento representando o Ministério Público do Estado de Sergipe, o promotor de Justiça, Gilton Feitosa; representando o Comitê Municipal de Mobilização pela Saúde, Segurança e Paz no Trânsito (Comsepat), Alvino Domingues; representando 28º Batalhão de Caçadores, capitão Góis e representando a Companhia de Polícia Rodoviária Estadual (CPRv), o subcomandante Aldevan Silveira.


Além de representantes da Universidade Tiradentes (Unit), Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Município de Aracaju (Setransp), Unimed-SE, Associação Brasileira de Medicina do Tráfego, empresa Omini de trânsito, ONG Ciclo Urbana, Liga de Trauma da Universidade Federal de Sergipe, Federação das Entidades Comunitárias de Sergipe e lideranças comunitárias.

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