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Prefeitura projeta Aracaju para o futuro com planejamento da mobilidade urbana




29.10.19 17:27

Encontrar alternativas para adequar a cidade aos diversos meios de transporte, aliada a soluções eficientes para diminuir os impactos ambientais da queima de combustíveis é um dos grandes desafios modernos. Nesse sentido, a Prefeitura de Aracaju tem atuado para preparar melhor a cidade para as futuras gerações, a partir da implementação de uma série de intervenções por toda a capital com base em estudos técnicos e ações planejadas.


Em 1855, quando deixou de ser província para se tornar a capital do estado, Aracaju foi projetada a partir de um plano de ocupação que visava, sobretudo, ao desenvolvimento econômico eficiente e, para isso, a cidade foi delineada com um formato semelhante a um tabuleiro de xadrez, plano que ficou conhecido como o ‘Quadrado de Pirro’.

Em 2017, assim que assumiu a atual gestão, o prefeito Edvaldo Nogueira destacou que, atualmente, a melhoria do trânsito, em Aracaju, deve ser feita com inteligência e tecnologia. E, desta forma, a administração municipal elaborou retomou o Projeto de Mobilidade Urbana de Aracaju.

Neste sentido, volta-se ao ‘Quadrado de Pirro’ quando, não mais com tantas condições de aumentar vias, a solução encontrada é potencializar e requalificar as principais vias públicas que ligam os bairros aos pontos mais importantes da cidade, adequando-as ao conceito moderno de mobilidade urbana: a variedade de formas de deslocamento ofertadas à população no espaço urbano, priorizando, sobretudo, os meios de transporte coletivo e modais alternativos, como as bicicletas.

Atualmente, a Prefeitura atua na revitalização viária dos corredores de transporte da Beira Mar e da Augusto Franco, e ainda nesta ano também nos do Jardins e da Hermes Fontes, além da execução de obras de recapeamento de outras importantes avenidas, como  a Francisco Porto e a Gonçalo Rollemberg Leite (Nova Saneamento).

Segundo o secretário municipal da Infraestrutura e presidente da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), Sérgio Ferrari, o Projeto de Mobilidade visa a colocar as vias públicas em condições de atender o transporte urbano e permitir que se tenha um deslocamento mais rápido, pois, explicou, Aracaju é uma cidade cuja distribuição geográfica é muito alongada no sentido Norte/Sul, e não tão comprida no sentido Leste/Oeste.

“Com isso, nós temos vários eixos de transporte que são muito compridos no sentido Norte/Sul e grande parte do deslocamento de ônibus na cidade se dá por esses corredores, como o da Beira Mar, por exemplo. Por isso, nosso foco tem sido nessas avenidas. Tudo é feito com base em estudos, viabilidade da obra e, sobretudo, considerando os benefícios futuros porque, afinal, a cidade ainda vai se desenvolver mais, assim como as formas de nos locomover”, ressaltou o secretário.

De acordo com Ferrari, quando o Projeto de Mobilidade foi estruturado, planejou-se a interligação das vias, de modo a favorecer o transporte coletivo e, consequentemente, incentivar a diminuição da quantidade de veículos particulares em circulação e desaforar o trânsito.

“Temos as principais linhas de ônibus no sentido Norte/Sul, que é a linha Beira Mar e, paralelo a ela, Hermes Fontes, o corretor Jardins, que é a Pedro Valadares e mais uma série de pequenas ruas e a Rio de Janeiro. Todas essas vias são paralelas entre elas, e levam, desde o Augusto Franco e Santa Maria até o Centro da cidade. Mais de 60% do volume de transporte da cidade passam por essas vias. Paralelamente, a Prefeitura vai fazer melhorias em alguns eixos no sentido Leste/Oeste. Estamos fazendo, agora, a Francisco Porto, e vamos continuar fazendo na Coelho e Campos, Barão de Maruim, de maneira que grande parte dos principais corredores da cidade estejam, não só com asfalto novo, o que melhora a agilidade do fluxo, mas também com pintura e faixa de pedestre. Isso tudo contribui para a mobilidade de Aracaju”, destaca.

Transporte coletivo

Nos últimos cinco anos, Aracaju perdeu mais de 30% dos usuários de ônibus e cresceu na mesma medida o número de motocicletas nas ruas. Um dos objetivos do Projeto de Mobilidade é justamente incentivar o uso do transporte público, com a reforma dos terminais já existentes e a criação de um novo no Centro da cidade, além da readequação de linhas de ônibus, ação que tem sido implementada desde 2017, como garante o superintende municipal de Transporte e Trânsito, Renato Telles.

“Até o momento, foram estabelecidas 15 novas linhas de ônibus e quatro tiveram seus itinerários ampliados, ações que contribuem para a mobilidade urbana e ainda beneficiam a população das localidades que, antes, tinha dificuldade de acesso ao transporte público. A mais recente implantação foi a da linha 304-Santa Cecília/Zona Oeste e que beneficia os usuários de Aracaju e do município de Nossa Senhora do Socorro, além de reforçar a oferta de transporte público em uma área que tem se desenvolvido na Grande Aracaju”, afirma Renato.

Ciclovias e ciclofaixas

Outra ação executada pela Prefeitura atualmente é o Plano de Recuperação das Ciclovias, medida que contribui para a mobilidade urbana na cidade e atende aos seguintes corredores: Beira Mar (já concluída a recuperação), José Carlos Silva, Presidente Tancredo Neves, Marechal Rondon e Coelho e Campos.

Em todas elas, nos pontos onde houver problemas, a gestão, por intermédio da SMTT, fará o corte e demolição do piso danificado, compactação do material da base e a colocação de um novo piso cimentado desempolado. Quanto à sinalização, serão instaladas placas (sinalização vertical) e pintura das setas, eixos e bordas (sinalização horizontal).

Para ampliar ainda mais o incentivo ao uso de outros modais, na revitalização da avenida Augusto Franco a retirada da ciclofaixa para a colocação da ciclovia no espaço ao lado da linha férrea.

 

Semáforos inteligentes
Aliada às demais medidas para a mobilidade está a instalação de 150 semáforos inteligentes nos cruzamentos das visa públicas da capital. O sistema otimiza os tempos de passagem (sinal verde) e faz com que os condutores esperem menos em interseções, mantendo uma sincronia mais eficiente dos cruzamentos.

Parte dessa inteligência vem também dos no-breaks, as chamadas UPS (do inglês Uninterruptable Power Supply – Fonte Ininterrupta de Energia). Em caso de chuva ou queda de energia, por exemplo, os semáforos atuais começam a piscar em amarelo. Com a UPS, haverá quatro horas de bateria, tempo satisfatório para que o problema seja solucionado.

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