06.01.11 12:55
Prevenção e redução de acidentes, punição dos transgressores e cumprimento das leis de
trânsito que vigoram no país. São esses os objetivos da Prefeitura Municipal de Aracaju que, através da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), desenvolve uma democrática política de circulação de carros, motos, bicicleta e pedestres pelas vias da capital sergipana. Prova de que as ações estão sendo eficientes, é a diminuição em 15,02% do índice de acidentes por 10.000 veículos, no comparativo entre os anos de 2008 e 2009.
E para dar continuidade aos bons resultados alcançados nos últimos três anos no que se refere à redução de ocorrências e vítimas de trânsito, a PMA amplia a cobertura de fiscalização com a implantação de 35 novos equipamentos eletrônicos em novas ruas e avenidas da cidade. A iniciativa se faz necessária quando do aumento da frota de veículos em Aracaju e a presença de muitos condutores que transgridem as leis e colocam em perigo a vida de outras pessoas envolvidas no trânsito.
"Há uma minoria que não respeita a velocidade urbana de 60Km, a sinalização e o próximo.
Para inibir tal ação, estamos ampliando nossa cobertura de fiscalização para assim garantir segurança a todos. Há pesquisas comprovando que os equipamentos diminuem consideravelmente o número de acidentes e infrações.O índice de acidentes por 10.000 veículos demonstra a redução de ocorrências e vítimas que tivemos com a instalação da fiscalização eletrônica", destaca o diretor de Trânsito da SMTT, major Paulo César Paiva.
Novos
Os 35 novos equipamentos eletrônicos chegam para se somar aos 65 já existentes, totalizando 100 aparelhos de fiscalização de trânsito, entre fotossensores, radares e lombadas eletrônicas. A previsão é de que os novos pontos passem a funcionar na segunda quinzena deste mês. "Todos eles estão sendo avaliados pelo Inmetro para que, em seguida, sejam colocados em funcionamento", explica major Paiva.
O diretor de Trânsito da SMTT ainda ressalta que a implantação dos novos equipamentos representa a ampliação da fiscalização de trânsito na capital. "Não estamos colocando na rua 100 novos radares. E sim, estendendo a área de cobertura, atuando em pontos onde a impunidade reina. Pois, não é justo uma maioria respeitar o sinal fechado, quando uma minoria transgride e coloca em risco a vida de todos", frisa.
Orla de Atalaia
Conhecido cartão postal da cidade, a Orla de Atalaia foi um dos pontos que recebeu os novos equipamentos fiscalizadores. De acordo com major Paiva, a medida foi essencial para proporcionar a segurança num dos grandes pontos turísticos da capital. "Eram constantes as reclamações de pessoas que ali trabalham da alta velocidade dos carros naquela via. As pessoas abusam do consumo de bebidas naquela área de divertimento e fazem da avenida uma pista de corrida, desrespeitando os limites de velocidade e as demais regras do trânsito", afirma o diretor de Trânsito.
Código de Trânsito
Na contramão do pensamento de muitos que avaliam a implantação da fiscalização eletrônica como uma possibilidade de maior arrecadação de recursos com a aplicação de multas, a meta real dos novos equipamentos é promover a educação no trânsito e a diminuição de acidentes com vítimas não fatais e fatais.
"As pessoas precisam entender que o Código de Trânsito Brasileiro estabelece pena pecuniária àqueles que transgridem as regras de trânsito. O órgão fiscalizador, no caso em Aracaju, a SMTT, somente faz cumprir a lei. E cabe a população também cumprir as regras de trânsito", destaca major Paiva.
Divulgação
Com a proposta transparente de proporcionar melhorias no trânsito da capital sergipana, a PMA tem promovido constantemente a divulgação da chagada de novos aparelhos de fiscalização eletrônica pela cidade. E ainda para manter a população ciente da presença de equipamentos nas vias trafegadas, a SMTT realiza a implantação de placas sinalizadoras informando sobre a presença dos aparelhos.
"Seja através da mídia ou da sinalização das vias, todos são informados quanto à instalação dos equipamentos. Antes do aparelho, há placas avisando a proximidade do radar, ou seja, não há como argumentar de que não sabia que havia radar. Muitos reclamam que colocamos os equipamentos escondidos, mas não é verdade, todos estão visíveis. É questão de perspectiva. O que não podemos é arrancar postes, árvores e instalações urbanas já presentes no local", diz o diretor de Trânsito.
Práticas Positivas
Bons exemplos para ratificar o saldo positivo da política de trânsito adotada pela PMA é o que não faltam. Basta esforçar um pouco a memória e lembrar que locais como a avenida Beira Mar, no trecho próximo ao Iate Clube, eram recordistas de atropelamentos. Após a implantação de um radar na localidade, a realizada é totalmente contrária.
"Não há mais ocorrências naquela curva. Da mesma forma na curva próximo ao Parque dos Cajueiros. Era comum pessoas em alta velocidade perderem o controle e entrarem com tudo no parque. Outro exemplo, ainda mais recente, é a ponte Construtor João Alves que logo que foi inaugurada foi cenário de grandes desastres. Bastou a instalação de equipamentos e as ocorrências em ambos é de zero", relembra major Paiva.
Consciência
Basta um pouco mais de habilidade ao volante e muitos condutores parecem esquecer das regras básicas ensinadas e aprendidas durante o curso de aprendiz em auto-escola. A boa convivência do trânsito depende da consciência de cada um em cuidar de si e também do próximo. A frase pode soar como clichê, mas parece ser esquecida por muitos.
"Boa parte da população respeita as regras e se demonstra a favor da política adotada pela PMA. As nossas ações têm sempre buscado partir da educação para assim conscientizar cada condutor. Porem há uma minoria que ainda insiste em ‘dar o jeitinho brasileiro' e acaba causando um acidente. Se for fazer uma pesquisa, a maioria dos acidentes de trânsito ocorre por causa do cometimento de duas ou três infrações", explica major Paiva.
Segundo o diretor de Trânsito da SMTT, as pessoas precisam compreender que o respeito à velocidade urbana é fundamental para a prevenção de acidentes. "A colisão entre um carro que segue a 60Km e outro a 65Km por hora é completamente diferente. Esses 5Km de diferença podem parecer bobagem, mas no momento da frenagem é decisivo na danificação do veículo e na proteção do condutor", ressalta.
