07.02.11 19:05
Do leitor Gilson Consta Lima: “Tenho lido muita coisa sobre a necessidade de campanhas para educação no trânsito, de conscientização dos motoristas e etc. e etc.Diante de tanta manifestação para que a SMTT promova tais campanhas educativas, fico me perguntando como seria mesmo isso.
Será como dizer ao motorista que ele deve respeitar o sinal vermelho? Ou que tal mostrar para todos nós, cidadãos que andam com armas chamadas de carro, que a faixa de pedestre é prioridade e que as vagas destinadas aos idosos e portadores de necessidades especiais, devem ser ocupadas por veículos destinados ao transportes dessas pessoas? Poderá também ser uma campanha dizendo ao motorista que onde ele ver uma placa com o número 60 isso quer dizer que a velocidade máxima ali é de 60 km? Pode ser também informando ao motorista que onde tiver uma placa um "E" cruzado por uma faixa isso significa que é proibido estacionar. E mais ainda ilustrando que a calçada é para o pedestre.
Vamos assim ver, finalmente, uma campanha efetivamente educativa com temas tão caros aos motoristas e também nunca vistos por eles. Ficaremos todos conscientes que o sinal vermelho é para parar o carro, que a faixa de pedestres deve ser respeitada e tudo o mais que esta no Código Brasileiro de Transito mas que nunca tivemos acesso.
Então, sabedores de que uma campanha assim será essencial, vamos concluir que nós motoristas nos tornamos habilitados para dirigir, conduzir veículos, sem saber exatamente do que é elementar, que é a preservação da vida, Portanto uma campanha de conscientização, ou como dizem alguns, educativa, dará a todos tudo aquilo que devíamos ter antes mesmo de ter a chamada CNH.
Mas antes poderíamos propor outra campanha. Uma que dissesse que as auto escolas precisam ensinar aos futuros motoristas um mínimo de legislação de trânsito. Na mesma campanha uma exigência para que o Detran seja mais exigente quando da concessão da CNH, impedindo que alguém a tenha sem que saiba que o sinal vermelho exige uma parada.
Seria bom também perguntar se a posse de uma CNH torna seu portador uma pessoa educada, respeitadora das leis e dos direitos alheios, em especial o dos pedestres. Pelo que estamos vendo serão gastos milhões de reais em campanhas publicitárias, tentando educar ou conscientizar motoristas, quando, bem antes, teríamos que ter formado cidadãos. Só isso. O resto é jogo de palavras, patrocinado por quem tem um carro como arma e por alguns poucos que preferem a morte à vida.
E uma última pergunta: será que um bárbaro (huno, godo ou visigodo, etc.) seria capaz de compreender as necessidades dos dias atuais enquanto motorista? Ou seria apenas um bárbaro que em vez de cavalos usasse o carro para vencer distâncias sem atentar para leis?”
(Fonte; Cláudio Nunes - Infonet)