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Plano de Mobilidade Urbana é discutido com sociedade




04.02.12 02:26

Antonio Samarone e o Engenheiro Ricardo Medanha

 

Nesta sexta-feira, 3, o segundo dia do Seminário de Elaboração do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Aracaju (PDMU), organizado pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), reuniu diversos setores da sociedade para responder a seguinte pergunta: “Qual mobilidade queremos para nossa cidade?” Para introduzir o debate o engenheiro, Ricardo Medanha, do Instituto Rua Viva (entidade contratada para elaborar o PDMU), explicou aos presentes o processo de elaboração do Plano para Aracaju.


De acordo com o engenheiro o processo será dividido em três etapas. Na primeira fase será realizada toda a parte de planejamento, pesquisa, diagnostico e geração de alternativas para a mobilidade urbana da capital. Na segunda fase sairá o projeto básico do PDMU e a elaboração do edital para licitação do transporte público. Já a terceira fase será o acompanhamento do julgamento do processo licitatório.


“Todas as propostas serão elaboradas em conjunto com a equipe da SMTT e discutidas em seminários com a participação da sociedade organizada de Aracaju e dos órgãos municipais e estaduais envolvidos”, explica Ricardo Medanha.


Logo após a explanação do engenheiro do Instituto Rua Viva, o superintendente da SMTT, Antonio Samarone, apresentou algumas ações que serão realizadas pela PMA com o intuito de contribuir para a mobilidade de Aracaju. “Além do processo licitatório do transporte coletivo, uma reivindicação antiga da sociedade aracajuana, iremos também construir dois, dos oito corredores livres, já previstos no Plano de Mobilidade Urbana, um que vai do conjunto Augusto Franco até o bairro Santo Antônio e outro que começa na Avenida Santa Gleide e vai até o Mercado Municipal. Esta medida irá garantir a fluidez em nosso trânsito”, conta.


Sociedade


Seis setores da sociedade foram convidados para apresentarem seus olhares acerca da discussão de mobilidade e para contribuírem com propostas que poderão integrar o PDMU. O primeiro a se apresentar foi o representante da Universidade Tiradentes (Unit), o professor do curso de Arquitetura e Urbanismo, Ricardo Mascarelo, que colocou as preocupações da Universidade e do curso no que diz respeito à mobilidade de Aracaju. Segundo Mascrelo muitos trabalhos de conclusão de curso da Unit estão se voltando a questão da mobilidade urbana.


“Acho muito importante a universidade participar deste seminário, já que o curso de Arquitetura envolve toda a questão urbana, de visualizar a cidade, de planejar alternativas para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Mobilidade hoje é um tema que impacta muito, não há como fazer planejamento urbano sem pensar mobilidade, o que estamos desenvolvendo dentro da Universidade visa inserir o aluno neste debate. Uma parte de nossos alunos têm voltado seus trabalhos de conclusão de curso para o tema na busca de solucionar as problemáticas da mobilidade urbana em nossa cidade. Aproveito a oportunidade para parabenizar a prefeitura e a SMTT pela inciativa de promover este debate”, coloca o professor.


Representando as Organizações não Governamentais, Waldson Costa, do movimento Ciclo Urbano, apontou o que acredita ser o ponto fundamental para o desenvolvimento do Plano de Mobilidade Urbana. “Criar espaços de discussão, de expressão de ideias é fundamental para evoluirmos no processo de mobilidade urbana, por isso, acho extremamente interessante momentos como este: de apresentação de propostas e de debate. O mais importante, na minha visão, é que estas ideias sejam diferentes, porque ganhamos muito mais com a diversidade do que com a unidade. O que queremos com o Plano de Mobilidade é exatamente esta diversidade, a pluralidade nas discussões de transporte e trânsito. É um grande desafio para os movimentos sociais, para o poder público, enfim para toda a sociedade”, destaca.


A representante do Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência, Kátia Santana, diz que a iniciativa é boa e que o poder público deve priorizar o PDMU “É preciso refletir quais são as necessidades de cada setor da sociedade e levar a frente o Plano de Mobilidade Urbana. As pessoas com deficiência, às vezes, deixam de participar de determinadas atividades por conta do próprio espaço, que não lhe oferece condição de mobilidade. As barreiras são muitas, queremos garantir o direito do deficiente de sair de casa”, pontua.


Participaram também do seminário, representando os Movimentos Populares, o presidente da Federação Municipal de Entidades Comunitárias, José Cruz; representando o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), Vera Ferreira; e representando a juventude, os integrantes do Diretório Central do Estudantes da Universidade Federal de Sergipe (DCE/UFS), Bruener Zalkowitsch e André Luiz.

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